Há uma serpente que rasteja
dentro de mim
a qual renego e acaricio
alternando culpa e orgulho
pureza e escárnio.
Meiga má menina mulher
velha ranzinza suas manias e suas pragas
— sou todas e sou nenhuma.
Sou negra cafusa índia
branquela azeda.
Meu sangue azul vermelho
sangue nenhum
minhas veias estão vazias
esvaíram-se em versos.
Sai poesia, sai a passear
leva contigo minhas tristezas
que já não as quero mais.
Leva contigo minhas maldades
minhas mesquinhas perversidades
carrega meu ego insaciável
e dai-lhe de beber.
E me deixe aqui sozinha
sem mim
porque longe de mim
eu posso criar asas
ser serpente emplumada
ser da terra que tudo vê.
Tags: maia, poesia, quetzacoalt
Nossa… essa tocou…
bjss pretume
beijo letición! aguardo visita.
que bom sair do orkut e aproveitar mto melhor o tempo na internet, por exemplo, lendo o seu blog.
Parabéns Mi, essa é fantástica!
PS.Só não entendi o título
Quetzacoalt é uma divindade maia, significa serpente emplumada. O perfeito equílibrio entre o instinto e a visão superior, conhecimento da terra e do céu.
Obrigada Amatuzzi, fico bem feliz.
Beijo, mi.
lindo seu poema….
a serpente emplumada,
nao é de conhecimento dos mortais…
so pessoas escolhidas sabem o ker dizer….
carinho e 1 beijo.
Genial. Só consigo dizer isso,
Emocionada. Tocada. Orgulhosa. Ao ver e ouvir esta filha poeta em nosso Niver de ontem declamar. Multifacetada. Amada.