“Nuestra Señora de la Rebeldía” é um desafio que se aventura a recuperar historicamente a saga das insurreições populares a partir do convencimento de que os mitos e símbolos ancestrais podem contribuir a nutrir um imaginário coletivo reatualizado no presente, que tome corpo nas distintas formas de unidade e solidariedade que se desdobram na luta cotidiana contra as distintas máscaras que a ordem dominante adquire. A busca insistente por uma imagem dialética que possa nos aproximar de um processo de rebeldia resulta na criação desta imagem-manifesto como uma proposta de reflexão acerca da continuidade de uma resistência sustentada ao longo de séculos de conquista, colonização e saque.
Propomos desautomatizar o olhar para poder nutrir-nos com um legado que palpita no imaginário coletivo, com a certeza de que as imagens podem testemunhar e robustecer ainda mais a trama insurgente. Esta representação tem o intuito de trabalhar desde uma “política do olhar” que não se limita a um único sentido, mas que conduz a aprofundar um “olhar político” nos demais, gerando um espaço fértil para a reflexão, a crítica, a inspiração e a ação. Desta maneira, compartilhamos a bandeira que os movimentos sociais levantam em toda a América Latina – unidade na diversidade!
Esse texto foi traduzido por mim, portanto não reparem nas aproximações intuitivas, e retirado da página virtual dos Iconoclasistas – Laboratório de Comunicación y Recursos Contrahegemónicos de Libre Circulación. Eles estiveram recentemente no Brasil – tive a oportunidade de conversar com eles e me apaixonei por esse trabalho. “Nuestra Señora de la Rebeldía” está agora colada na parede da minha casa.
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Que nos guie, sempre!