Sociedade civil demonstrou coesão e unificou suas pautas na Confecom – PR
Após treze etapas preparatórias ao redor do estado, a Conferência Estadual de Comunicação (Confecom – PR) realizou-se de 6 a 8 de novembro no Canal da Música, em Curitiba. Foram três dias de conferência, cerca de 800 inscritos, seis grupos de trabalho, 81 delegados eleitos e mais de 170 propostas enviadas para a etapa nacional.
“As etapas livres, organizadas pelo campo popular, foram fundamentais para que obtivéssemos formação, coesão e envolvimento de diversas regiões, o que possibilitou que a Confecom – PR estivesse tão mobilizada”, destacou Rachel Bragatto, integrante da Comissão Paranaense Pró-Conferência de Comunicação (CPC – PR) e do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social. As propostas das conferências municipais e regionais foram sistematizadas para a etapa estadual e serviram de base para a discussão nos grupos de trabalho.
A Confecom – PR foi uma das primeiras etapas estaduais a serem convocadas. “O Governo entendeu desde o início, que a etapa estadual deveria ser consistente para que pudéssemos, em Brasília, não apenas representar o Estado, mas representar um pensamento, uma posição, e acredito que tenhamos atingido esse objetivo”, afirmou o secretário de Estado da Comunicação, Benedito Pires. “Daqui estão saindo propostas que farão avançar a abertura dos meios de comunicação ao povo brasileiro”, disse.
Já o cenário nacional é diverso. João Paulo Mehl, representante do Coletivo Soylocoporti e membro da CPC-PR, ressaltou que “esta conferência não foi um processo simples, sofremos muita pressão e chantagem por parte dos representantes dos monopólios da comunicação. Muita concessão foi feita para que o processo continuasse e este debate se tornasse público”. A etapa nacional da Confecom acontecerá de 14 a 17 de dezembro em Brasília.
Representação da sociedade civil na I Conferência Nacional de Comunicação
Dos 81 delegados que irão para a etapa nacional, 36 são representantes da sociedade civil. A eleição se deu por chapa, formada por consenso entre os participantes. A composição seguiu os critérios de participação no processo de conferência e representatividade regional, étnica e de gênero.
Segundo João Paulo Mehl, “os mais de 800 participantes deixaram claro que este não é um debate apenas para especialistas: o povo quer discutir comunicação como direito humano, e para isto nós vamos pressionar. Iremos a Brasília com nossas bandeiras na mão, lutar para que a comunicação seja efetivamente um direito de todos e todas”.
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