Viajeros – Ruínas e “progresso”

Partimos de Assunção e fomos a Encarnación, na fronteira paraguaia com a Argentina. Uma pequena cidade, com sinais de “desenvolvimento”: supermercados, ruas pavimentadas e praças. As outras cidadezinhas eram mais roots – algumas abandonadas, outras com a graça e a paz interioranas. A riqueza de Encarnación vem em grande parte do agronegócio, subsidiado pelo governo. O município exporta trigo e soja.

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Perto de Encarnación se localizam as ruínas de uma antiga missão jesuítica. Lá as paredes só faltam falar. Provavelmente seriam histórias tristes de um povo que sofreu imposição cultural e religiosa, e depois de perder a “proteção” dos jesuítas foi escravizado pelos bandeirantes, aqueles “nobres desbravadores” dos quais ouvimos falar nas aulas de História.

Lindas imagens. Pedras corroídas pelo tempo e estátuas de santos já sem cabeças em contraste com o céu azul, sem uma nuvem sequer. Ruínas de todo um tempo, de toda uma história e de muito sofrimento. Mas afinal, os jesuítas cumpriram sua missão. É na América Latina que hoje se encontra o maior rebanho da Santa Madre Igreja Católica. Amém.


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Esse texto faz parte do livro Viajeros, que foi publicado em posts nesse blog.

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