Archive for the ‘Fotos’ Category

Viajeros – Considerações finais sobre uma nação

segunda-feira, março 30th, 2009

No momento em que estávamos chegando em Córdoba, comentei com o Thiago: “essa cidade tem um ar de Curitiba”. Mas a primeira impressão nem sempre fica. Córdoba é Córdoba.

Uma noite Thiago estava fazendo uma de suas performances nos semáforos quando foi chamado para ir trabalhar  numa festa com seus malabares por cerca de duas horas – em troca, ganharia 40 pesos. Ele topou, e eu fui junto. Foi bem engraçado – era uma festa para menores de idade, em uma boate. Uma piazada de 15/16 anos se esforçando para aparentar 20. As meninas superproduzidas, com micro-saias e tops, os meninos de calça larga, boné e cigarro na mão. Músicas horríveis a noite inteira, mas como ainda não nos alimentamos de luz, e nem sempre conseguimos carona, a grana é necessária. Ossos do ofício.

Ficamos num hostel cujo dono vivia lá mesmo. Ele dormia nos quartos para seis pessoas, em um beliche, junto com os hóspedes. Trabalhou em outros hostels que, segundo ele, eram muito “estilo empresa”. Ele não, ele quer receber os mochileiros na sua casa, em um ambiente informal e aconchegante. A ideia é legal, mas o problema é que alguns hóspedes ficavam o dia inteiro dentro do hostel – que, portanto, estava sempre cheio. Havia um computador com internet disponível, mas eu dificilmente conseguia usar, sempre tinha alguém.

Depois de uns dias queríamos encontrar outro lugar para ficar, onde pagássemos menos e tivéssemos mais espaço para ficar tranqüilos. Um dia eu e Thiago nos desencontramos e caminhamos separados pela cidade. Ele viu um cara tocando flauta, tirou uma foto, perguntou quanto custavam as flautas que ele produzia e assim foram conversando. Seu nome era Kike e fazia uns cinco anos que estava viajando; já pensava em voltar para o Equador, sua terra natal.


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Kike. Foto de Thiago Martins.

Ele conseguiu que nós ficássemos na casa que ele alugava. Teríamos que pagar dez pesos diários por pessoa, mais barato que o albergue. Era um moquifo, não tinha uma panela limpa, mas para ficar só dois dias dava pro gasto. Na verdade, queríamos ter deixado Córdoba na sexta-feira, mas descobrimos que o trem para Buenos Aires só sairia no domingo. Nesses dias não planejados a mais, ficamos na casa de Kike.

Aliás, a viagem de trem foi uma decepção. Pensávamos que iríamos ver lindas paisagens pela janela, como nos filmes. Até poderia ter sido, se a viagem não fosse praticamente toda à noite. Saímos às 16h30 de Córdoba e chegamos a Buenos Aires às 07h30 da manhã. Mesmo assim foi interessante – além de muito barato. Na saída de Córdoba pudemos ver as villas, equivalente às favelas brasileiras. Chegou um dado momento em que tínhamos que fechar as janelas e persianas do trem, porque as pessoas jogam pedras. Ficou claro que a Argentina sofre dos mesmos problemas que o Brasil, mesmo que em diferentes proporções – concentração da população nas áreas urbanas industriais e a consequente marginalização da mão-de-obra excedente não qualificada que, como cães de rua, vive dos restos.

Thiago estava louco para fumar, afinal a viagem foi longa. Na fila do banheiro, encontrou um senhor que discutia em vão com o guarda para que pudesse fumar. Thiago entrou na conversa e, com a saída do guarda, acabaram os dois fumando juntos escondidos no banheiro. Que cena. O senhor veio sentar com a gente. Era sociólogo, militante da Teologia da Libertação – ala socialista da igreja católica.  Conversamos por muitas horas sobre sociedade, cultura e América Latina, até que o sono nos pegou. Acordamos em Buenos Aires.

Um país em declínio

Conversando com as pessoas, pude concluir que a Argentina, que por um longo período da história criou uma imagem de distanciamento da miserável situação latino-americana, está em crise. O ódio que sentem por Menem, o ex-presidente corrupto que fez o trabalho que Collor e FHC fizeram no Brasil, pode ser ouvido nas conversas e nas músicas. O histórico investimento em educação, tão característico do desenvolvimento argentino, vem sendo abandonado. As instituições de ensino mantidas pelo governo enfrentam as mesmas situações enfrentadas no Brasil: falta de verba, de professores e problemas de infraestrutura; o tal do sucateamento das escolas públicas. O desemprego assola a população. A marginalidade e o trabalho informal surgem da necessidade como soluções imediatas à crise.

Em Buenos Aires estava lendo As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano. É triste perceber que os problemas são essencialmente os mesmos em nosso continente, independentemente do período histórico ou do país. Às vezes o poder se transfere de mãos, os produtos de exploração se alternam em ciclos, os regimes políticos são derrotados e substituídos, mas a estrutura de exploração é a mesma: expropriação das riquezas naturais e humanas, exportação da maioria do capital e concentração do pouco que fica na nação em mãos de uma elite intermediária. Como o grosso do capital vai para o exterior, o Estado fica sem verbas para os investimentos básicos, e vai pedir ajuda justamente para aqueles que lucram em seu território. O empréstimo vem, mas junto com várias “recomendações” de como investi-lo, mantendo esse sistema de exploração.

José Carlos Mariátegui fez um diagnóstico do Peru no ano de 1928, em Sete Ensaios da Realidade Peruana, porém sua validade se estende para a América Latina e, infelizmente, continua atual.

O obstáculo, a resistência a uma solução, encontram-se na própria estrutura da economia peruana. A economia do Peru é uma economia colonial. Sua movimentação, seu desenvolvimento, estão subordinados aos interesses e às necessidades dos mercados de Londres e de Nova Iorque. Estes mercados enxergam o Peru como um depósito de matérias primas e uma praça para suas manufaturas. A agricultura peruana obtém por isto, créditos e transporte apenas para os produtos que pode oferecer com vantagem nos grandes mercados. As finanças estrangeiras interessam-se um dia pela borracha, outro pelo algodão, outro pelo açúcar. O dia em que Londres possa receber um produto a melhor preço e em quantidade suficiente da Índia ou do Egito, abandonará imediatamente à sua própria sorte seus fornecedores do Peru. Nossos latifundiários, quaisquer que sejam suas ilusões que tenham acerca de sua independência, não deixam de agir, na realidade, apenas como intermediários ou agentes do capitalismo estrangeiro.

Mas a Argentina ainda tem uma vantagem, uma carta na manga: a consciência política. As manifestações artísticas argentinas frequentemente têm conteúdo crítico. A população em geral fala de política, reflete sobre a situação de seu país, desde os mais velhos até os mais jovens. Caminhoneiros me contaram das injustiças sociais, os músicos falam da desigualdade em seus discos. Nos dias em que passei em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino, sempre havia manifestações populares. Há um movimento fundado pelas mães de perseguidos políticos, as Madres de Plaza de Mayo, que surgiu como protesto aos horrores da ditadura e exigia a volta com vida dos jovens desaparecidos. Esse movimento cresceu tanto que hoje possui um jornal, uma rádio, uma biblioteca e até uma universidade. Estive na biblioteca, que possui um acervo riquíssimo de obras sobre América Latina, povos autóctones, movimentos sociais etc.

Parece existir na Argentina uma consciência de que as coisas estão erradas, historicamente, e que não precisam ser assim. O próximo passo seria elaborar uma alternativa coletivamente e depois, o mais difícil, implantá-la – trabalho que os movimentos sociais vêm tentando desenvolver. Evoluir da consciência crítica para a construtiva.

Última parada

De Córdoba fomos para Buenos Aires e depois seguimos pedindo carona em direção ao Chile, com a intenção de parar na parte argentina da Cordilheira dos Andes e conhecer neve – o sonho de todo brasileiro. Fomos parar em Puente del Inca, uma cidadezinha povoada por uma base do exército e comerciantes que recebem diariamente as várias excursões de turismo que passam pela cidade. Todo esse clima turístico, incluindo os preços altos, não puderam abalar a nossa alegria. Voltamos a ser crianças. Ficamos só dois dias, cercados de lindas paisagens – uma curiosa e singular mistura de vegetação semi-desértica dos Andes e neve -, e seguimos rumo a Valparaíso, no Chile.


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Puente del Inca.

Ao fim de nossa passagem pela Argentina, apesar de ser difícil colocar toda uma nação num mesmo saco, poderia definir os argentinos com duas palavras: loucos e apaixonados. Acho que essa rivalidade com os argentinos é porque eles têm uma personalidade muito forte, “personalidade demais”, para alguns. “É que o argentino tem muito amor próprio”, me disse Beto, o senhor de Junin. Pode ser. Mas pensando bem, encontrei uma terceira característica para os argentinos: loucos, apaixonados e apaixonantes.

 

Esse texto faz parte do livro Viajeros, que foi publicado em posts nesse blog.

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Os becos escuros do jornalismo paranaense

sexta-feira, março 27th, 2009

Gladimir Nascimento, com mais de 20 anos de jornalismo nas costas, foi demitido em janeiro deste ano da Band News, rádio que ajudou a construir há três anos. A demissão deu-se por “pressão política”. A causa foi a seguinte notícia: o jornalista contou aos seus ouvintes que a Assembléia Legislativa do Paraná aprovou uma aposentadoria especial, direcionando 17 milhões do orçamento de 2009 para a aposentadoria de seus deputados. Eles contarão com 10,2 mil reais mensais para desfrutar a velhice.

O trâmite foi feito na surdina: em sessão realizada na calada da noite, durante a madrugada. “Elegemos os políticos para serem representantes do povo e eles nos surpreendem como ladrões de galinha”, denunciou Nascimento. Acontece que a administração desse fundo previdenciário caberá ao Paraná Banco, propriedade de Joel Malucelli. E adivinha quem é o dono da Band News? Ele próprio, Joel Malucelli. Mais uma vez a velha promiscuidade imprensa-política-capital exerce seu poder contra a liberdade de imprensa.

A assessoria da Assembléia Legislativa do Paraná diz desconhecer a demissão do jornalista. Afirma que os comentários que Nascimento fez foram fortes e informa ainda que “a demissão do referido jornalista é uma questão entre o profissional e a emissora para a qual ele trabalhava”.

Demissão em massa

Hoje, 27 de março, em debate no Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Paraná, Gladimir contou que Joel Malucelli lhe disse cara-a-cara o motivo de sua demissão. “Os comentários que eu fiz são fortes. Se as pessoas não gostam, que me demitam”, resigna-se Nascimento. “Este episódio foi um exercício de liberdade, saber até onde poderia ir, e Joel (Malucelli) foi transparente”. Segundo o radialista, o mais grave foi a posterior demissão de sua equipe a mando do Secretário de Comunicação do Estado do Paraná, Benedito Pires Trindade.


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Gladimir no Decom.

O debate contou também com o jornalista Rodrigo Dheda, da Gazeta do Povo, e foi mediado pela estudante de jornalismo Thaise Mendonça. O foco foi a questão da liberdade do profissional de jornalismo.

Recomeço

Gladimir Nascimento e sua equipe – Denise Mello, Heliberton Cesca, Daiane Figueiró, Patrícia Thomaz, Tathiana Mesquita, Cida Bacaycoa, Aline Castro e Vinícius Sgarbevoltam – continuam atuando na imprensa, agora de forma independente na web rádio jornalismofm. O email para pautas e sugestões de entrevistas é [email protected].

*Algumas informações dessa matéria foram tiradas do sítio http://www.comunique-se.com.br

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Terra sim! Barragem não!

segunda-feira, março 16th, 2009

O coletivo Soylocoporti, junto a diversos movimentos sociais e entidades, esteve nas cidades de Ribeira (SP) e Adrianópolis (PR), divididas por uma ponte que separa os dois estados. Essa região será fortemente atingida pela construção da Barragem de Tijuco Alto, que já está em início de processo de construção. Abaixo segue parecer com os danos que tal empreitada causará à área. As fotos que ilustram o post foram tiradas na marcha de protesto contra a barragem, seguida de Festival de Cultura, realizados neste último sábado, 14 de março, em caminhada de Ribeira a Adrianópolis.

Mais uma contrução conduzida por uma lógica ultrapassada, colonizadora e elitista. É nosso dever protestar.

O Rio Ribeira de Iguape é o eixo de integração cultural do Vale do Ribeira, sendo o principal rio formador da Bacia Hidrográfica do Ribeira e Litoral Sul, incluindo a região do Lagamar. Há muito tempo os povos originários do Vale, os quilombolas, os ribeirinhos e os caiçaras vivem, plantam, pescam e dependem deste rio. Foi assim que o Vale desenvolveu a sua maior riqueza: uma população que consegue, nas pequenas atividades como a agricultura familiar e a pesca artesanal, produzir e manter uma grande diversidade cultural e, ao mesmo tempo, conservar a maior área de Mata Atlântica do Brasil. Este equilíbrio caracteriza o Vale do Ribeira como uma região reconhecidamente com alta qualidade de vida, apesar dos baixos IDHs.

Apesar disso, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), uma das diversas empresas do Grupo Votorantim, tenta há mais de 20 anos construir uma Usina Hidrelétrica no Rio Ribeira de Iguape. O projeto da Barragem de Tijuco Alto está previsto para o trecho entre Ribeira (SP) e Adrianópolis (PR), no Alto Ribeira. Seu objetivo é SOMENTE produzir energia para AUMENTAR a produção de alumínio da CBA, localizada na região de Sorocaba, fora do Vale do Ribeira.
Aqui na região do Lagamar (Iguape, Cananéia e Ilha Comprida) podem ocorrer diversos impactos ignorados pela CBA e ainda não considerados pelo IBAMA: prejuízos ao ecossistema manguezal, redução da pesca da manjuba, alteração da cadeia alimentar marinha. Estas alterações, além de trazer problemas sociais, poderão afetar fortemente o turismo, que depende da pesca e da observação de botos.

Você sabia que:

– a Barragem de Tijuco Alto pode NUNCA encher?

– serão apenas 60 empregos fixos?

– você paga 10 vezes mais pela energia do que empresas como a CBA?

– o Lagamar pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape?

– o estudo de Impacto Ambiental, legalmente, deveria ser feito para toda Bacia?

– o Lagamar NÃO foi considerado no Estudo de Impactos Ambientais?

– esta energia não chegará na sua casa?

– há risco de contaminação com chumbo?

– agricultores foram expulsos de suas terras antes mesmo da hidrelétrica ser aprovada?

Fonte: http://terrasimbarragemnao.blogspot.com

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Viajeros – Mudança de tempo

sábado, março 7th, 2009


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Primeira vista da Cordilheira dos Andes.

Hoje, pela primeira vez, vimos montanhas na Argentina. E não se tratam de simples montanhas: tivemos o prazer de vislumbrar a Cordilheira dos Andes delineada pelo por do sol. Em dois dias de estrada praticamente cruzamos o país horizontalmente. Faltam menos de 300 km para chegarmos ao nosso destino, uma cidadezinha andina rodeada por neve, quase no Chile.

Acordamos em Buenos Aires às quatro horas da manhã. Pegamos três ônibus urbanos até alcançarmos o ponto da estrada indicado para pedir carona. Depois de algumas caronas curtas, chegamos à cidade de Cochabuco. Mais um fim de tarde, mais uma expectativa de dormir na estrada. Estávamos decidindo onde nos abrigar quando um carro com dois senhores de uns 50 anos parou. Iriam a Junin, a uns 50 km dali. Aceitamos a carona – ao menos avançaríamos um pouco mais.

Eles faziam o tipo de quem nunca se espera uma carona – meia idade, um bom carro e roupa social. Mas os dois pareciam ser boa gente. Beto, que estava no volante, combinava um churrasco com seus amigos através do celular. Conversa vai, conversa vem, ele nos convidou para o churrasco. É claro que aceitamos de imediato, apesar de sermos vegetarianos. Abrem-se exceções. Beto ficou espantado com a rapidez com que eu aceitei, sem nem pensar muito. “É que eu gosto muito quando as coisas acontecem por si só, sem planejamento”, eu disse. “Você deve gostar muito de churrasco, isso sim”, gracejou Beto.

O fato é que, com churrasco ou sem churrasco, não conseguiríamos mais caronas – a noite já vinha chegando. Teríamos que pernoitar em Junin. “Onde vocês pensam em dormir?”, perguntou Beto. “Não sei, se tiver um albergue, um hotelzinho barato, um camping, não sei”, meio que perguntei, meio que respondi. No fim das contas, ele ligou para seu irmão, dono de um hotel que funciona na antiga casa da família de Beto, onde ele passou sua infância. “Pronto, consegui um lugar para vocês essa noite, e sem pagar nada”.

Não podíamos acreditar. Iríamos a um churrasco – asado, como dizem por aqui -, a mais típica comida argentina, dormíriamos num hotel, tudo assim, de repente, do nada. Mas o mais tocante foi a atenção que recebemos. Beto nos mostrou a cidade, nos levava e buscava do hotel e, por sua insistência, acabamos ficando mais uma noite. Conhecemos sua família, seus amigos, até fui ao mercado com ele e sua filha. Pegaram dois carrinhos: enquanto ela fazia compras para casa, ele comprava comida para uma senhora a quem ajuda. Abandonada pelo marido, desempregada e com cinco filhos pequenos para criar, ela se mantém às custas de caridade. O carrinho dele estava cheio de carne, leite, queijo, frutas e besteirinhas para as crianças. “Pai, você vai gastar demais”, advertiu a filha. “Quando a gente morre não leva nada junto, nem o dinheiro, não é verdade?”, disse Beto, com seu jeito bonachão.

No incidente “feira de artesanato na Plaza de Francia” fiquei muito decepcionada com o ser humano. Em momentos como aquele me pergunto se vale a pena tentar construir uma sociedade melhor, dedicar a vida a isso. Às vezes parece que o ser humano é um animal escroto por essência, que é essa a condição humana. Mas quando encontro pessoas como Beto, sua família e seus amigos, me encho de esperança, passo a acreditar que só precisamos de uma forcinha, que a bomba está prestes a explodir (se é que já não explodiu), que encontramos a escada, é só começar a subir. Brilha uma estrela no céu nublado.

 

Esse texto faz parte do livro Viajeros, que foi publicado em posts nesse blog.

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Carnaval afro-açoriano

quinta-feira, fevereiro 26th, 2009
Carnaval 2009 - Floripa - Bloco dos sujos

Carnaval 2009 - Floripa - Bloco dos sujos

Florianópolis – ilha da magia, da alegria, da fantasia. Praias paradisíacas, clima de litoral, cheiro de sal e aquele jeito manezinho de encarar a vida com tranquilidade. No carnaval, fervo – todas as estradas levam à Ilha de Santa Catarina. O centro ficou lotado com carros de som – funk, samba, hip hop e todas as modas possíveis em alto e bom (ou mau) som. O bloco dos sujos tomou as ruas, fazendo surgir coelhinhas de pernas peludas, heroínas de voz grossa e Amy Winehouses com pomos de Adão à torto e à direito.

Carnaval 2009 - Floripa, Santo Antônio de Lisboa - Maracatu Tamboritá

Carnaval 2009 - Floripa, Santo Antônio de Lisboa - Maracatu Tamboritá

Em terra conhecida por suas ascedências germânicas, açorianas e italianas, a cultura afro se manifesta comprovando sua forte influência, quase uma onipresença, na cultura popular brasileira. Teve bloco de maracatu em Santo Antônio de Lisboa, no centro, na Lagoa da Conceição e até na Guarda do Embaú. Tive o imenso prazer de participar dessa catarse coletiva, com os blocos Arrasta Ilha e Tamboritá em Santo Antônio de Lisboa e uma segunda dose de Arrasta Ilha no centrinho da lagoa, precedido por um grupo de música e dança afro.

“Maracatu, maracatu, maracatu, maracatu” – o tambor canta, o sangue pulsa, a carne vibra, a pele sua. Debaixo de sol ou chuva pessoas desconhecidas se reúnem para celebrar juntas a alegria de estar vivo e poder sentir.

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Pinta a cara!

sexta-feira, fevereiro 20th, 2009

Pinta a cara, põe um chinelo e bora pra rua! É carnaval!!

Carnavalzinho no Largo da Ordem em Curitiba, fevereiro de 2009.

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Feliz!!!

quarta-feira, fevereiro 18th, 2009

Curitiba, fevereiro de 2009.

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Divas do largo

quarta-feira, fevereiro 18th, 2009


Largo da Ordem, Curitiba, fevereiro de 2009.

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Curitiba fria????

segunda-feira, fevereiro 16th, 2009

Dizem que Curitiba é fria. Pode ser – depende de onde e com quem. No carnavalzinho do largo, que ocorre todos os anos nos quatro domingos que antecedem o carnaval, a capital paranaense arde em chamas. O bloco Garibaldis e Sacis, de apenas dois aninhos, garante a música e as brincadeiras. O povo, recíproco, aumenta a dose de alegria. São crianças, velhos, jovens, homens, mulheres, travestis e homossexuais. Cada um com sua individualidade, respeitando a diversidade. Ninguém é igual, mas todos são foliões. Viva a festa legitimamente popular brasileira!

Curitiba, 15 de fevereiro de 2009.

 

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Donde Miras – Macaco louco

quarta-feira, fevereiro 11th, 2009

Bruno macaqueando. Itu, janeiro de 2009.

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